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domingo, 25 de dezembro de 2011


Um Presente Para Jesus



     Acordei nesse dia de Dezembro com vontade de comprar um presente para Jesus, afinal, não existe maior amigo que o Mestre dos Mestres, e no dia 25 o aniversário é Dele. Sai cedo de casa e fui ao maior shopping center da cidade, pensei primeiramente numa camisa branca, mas quando vi que o branco mais branco da Terra, ainda era cinza perto da sua pureza, fiquei com vergonha e desisti.
     Em outra vitrine vi um sapato de couro, lindo e caríssimo, mas quando lembrei dos seus pés calçados pelas sandálias da missão cumprida, achei que não existiria na Terra algo tão confortável que merecesse seus pés.
     Uma caneta de outo, foi isso que a próxima vitrine me apresentou, uma linda caneta de marca famosa, seriam um lindo presente, mas lembrei-me que ele nunca escreveu nada, tudo o que falou, mostrou na prática, servindo e amando sempre.
     Lembrei-me que um dia Ele falou que não tinha  sequer um travesseiro para recostar sua cabeça, e pensei no melhor travesseiro de plumas de uma loja especializada em sono, era importado e muito confortável, mas lembrei-me que os justos dormiam tranquilos, e que Ele jamais usaria o travesseiro.
     E assim fui olhando as vitrines... Abotuaduras de ouro... Carros importados... Malas de viagem... Bebidas finas... Comidas importadas... Imóveis luxuosos... Tudo supérfluo!!!... Tudo matéria que o tempo iria corroer... Confesso que sai um pouco chateado do shopping; afianl eu saíra para comprar um presente para Jesus, e não havia achado nada.
     Na porta do shopping, um menino muito miudinho sorriu para mim, perguntou meu nome, e eu o dele; fiz cócegas em sua barriga, ele riu e me estendeu a mão. Tinha o rosto muito sujo, e as mãos encardidas... Perguntei pela sua mãe, ele deu de ombros, sobre o pai, nem sabia o que era isso... Perguntei se queria tomar um lanche, ele sorriu um sim, pegou na minha mão... Na porta do shopping olhou para suas roupas, e olhou para mim, sabia que não estava corretamente vestido... Peguei-o no colo, era a senha para ser feliz... Seus olhinhos miúdos percorriam aquelas luzes, enfeites e pessoas bonitas como se fosse um filme de Walt Disney.
     Na lanchonete sentou na cadeirinha giratória e sorriu como "Reizinho", e entre uma montanha de batatas  fritas, riamos felizes como dois velhos amigos. Falamos sobre bolinhas de gude, pipas, bolas de futebol. Coisas importantes para o ser humano, principalmente quando somos crianças. Devoramos dois lanches, e quando perguntei se ele queria um sorvete gigante como sobremesa, seus olhos brilharam feito o sol; pedi um instante , fui até o caixa, e quando voltei com os sorvetes na mão, ele ja não estava mais ali. Por instantes pensei que ele tinha ido ao banheiro, ou estaria olhando a lanchonete, mas não estava ali mesmo... Foi quando sobre a caixa de batatas vazia vi um papelzinho... Um bilhetinho escrito com letra miúda que dizia assim: "Obrigado pelo melhor presente de aniversário que poderia me dar. Fiseste feliz um dos pequeninos do mundo! Jesus."




    

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